Vinte e cinco minutos horripilantes e tortuosos com dois meninos que se apelidam de Melhor Amigo e não, não vale a pena irem pesquisar. Vamos tentar esquecer este desastre e passar ao que nos levou a todos ali.

Fumo branco se levanta. Ao fundo do palco avistamos um vulto de costas para a parede e braços abertos -“Taiga” é o motor de arranque para um espectáculo repleto de teatralidade. Inspirada pela Escandinávia no tempo glorioso dos vikings, Zola ornamenta-se a rigor, como os guerreiros, de braceletes e anéis. Foi  “Dangerous Days” que logo tentou criar a envolvência certa para imaginarmos o cenário por ela divinizado e encorpado. Muito expressiva, enrola o seu braço no micro e agita as suas californianas, levando consigo, até à coluna, “Hunger”, onde veemente se declara e entrega ao público.

Oscilando entre momentos de frenesim e enfado, a verdade é que revelação em palco deste novo álbum de Zola é, tal como em estúdio, maioritariamente constituída por baladas ausentes de sentimento e emoções fortes. Detentora de uma voz indiscutivelmente poderosa, escolhe no no entanto “Nail” como protagonista do seu falsete, construindo o match ideal para a banda sonora de um aborrecido e lamechas  drama hollywoodesco.

O encore com “Vessel” foi sem dúvida o pico alto da noite e o único momento que vale a pena levar para casa e recordar. Fica ainda a questão: Where is Zola from “Stridulum II” to “Versions”?