Braga é mais uma vez o cenário idílico para explorações auditivas. Um conjunto de dias por ano que, desde 2011, tem invadido os ouvidos mais absorvedores e inusitados, com os mais excêntricos e silenciosos criadores de som, escolhidos a dedo pela malta da AUAUFEIOMAU, organizadora do festim que conta com o apoio da Câmara Municipal de Braga e da Fundação Augusta Bracara.
E, após a bem sucedida edição de 2015 o festival aposta em nomes fortes, lançados em jeito de antevisão, como Andy Stott e Ron Morelli. Mas há mais e (quiçá) melhor: o músico alemão Moritz von Oswald, ícone do dub tcheno nos idos anos noventa e multi-instrumentista que vem, pela primeira vez, apresentar a sua nova performance fora de Berlim, uma expedição ao som do piano, com colaboração de Rashad Becker. De Berlim virá também Laurel Halo, norte-americana mas ali sediada, em confluência com o possante movimento germânico nos confins electrónicos da música, e antevirá em concerto o aguardado novo disco que terá edição prevista para 2017. Jonathan Uliel Saldanha intimamente ligado à prolifera cena electrónica nortenha, trará a Braga um espectáculo único alicerçado numa técnica de captação de som em túneis e cavidades à qual denominou “Skull Cave Echo”. Haverá também espaço em Braga para dar ênfase a instalações artísticas, entre as quais se destacam “Quintetto”, desenvolvida pelo colectivo italiano Quiet Ensemble, e “Growing Verse” do artista japonês Junya Oikawa.
Razões suficientes para juntar uma malta para a gasosa e para as desgraçadas das portagens e rumar a uma das cidades mais belas deste nosso Portugal. A coisa vai dar-se de 28 a 30 de Outubro, três dias que serão passados entre o Theatro Circo, o gnration e a Casa Rolão.
Os passes gerais em sobra valem 35€ e os diários 15€.