São diligências atrás de diligências. É sempre assim: chega novembro e tudo o que ouvimos é a pensar no mérito que tem – ainda mais do que é habitual. Sim, porque em Novembro começamos a fazer contas para quais são os discos que merecem figurar no top de melhores do ano. Este ano, tanto quanto no ano passado, o top é reflexo de um ano em cheio no nosso site. Ora vejamos:
À cabeça, como disco com direito à mais honrosa das menções, estão os Swans, com The Seer. É difícil prever o futuro, mas este disco de Swans é tão incrível quanto Cop, e, por isso e provavelmente, tão proeminente e histórico quanto a própria banda de Michael Gira. Nem sempre assistimos ao surgimento de um disco para a nossa memória e para as gerações que se seguem, mas é com alguma segurança que podemos incluir The Seer nesse pacote.
No campo do que melhor se faz por Portugal, com um ano em que quem editou o fez à grande e à francesa, estão os Black Bombaim à frente – como não poderiam deixar de estar, no seu ano de consagração. Titans é, por isso, e cheio de mérito, o melhor disco feito por portugueses de 2013 para o PA’. Mas os barcelences que não descassem: à coca estão os Gala Drop com o seu Broda, esforço conjunto com Ben Chasny.
O segundo lugar é reflexo do que é o PA’: um site plural. É importante, para nós, ver um top em que o que é feito em Portugal rivaliza e disputa atenção com as melhores bandas da actualidade em todo o mundo, mas não é menos importante ter a pluralidade que nos guia os corações. Assim, ter o grandioso e sofrido Mass Vdos Amenra a seguir as pisadas dos Swans não é um engano, da mesma forma que não é haver Converge, Om, Neurosis, Blut Aus Nord, Deftones e Old Man Gloom a disputar posições comGodspeed You! Black Emperor, Mount Eerie, Bill Fay, Dead Can Dance, Father John Misty, Alt-J, Sharon Van Etten, Beach House e Julia Holter. Caramba, feitas as contas, não nos resta senão agradecer a quem fez estes discos todos! Macacos nos mordam se não são enormes e não merecem todo o nosso amor.