“Hollow King”, 3:50. A abstracção versus o enjaulamento. Afundarmo-nos no jargão post-metal ou dissolvermo-nos na catacrese experimentalóide? Os SUMAC viram na segunda saída –Nick Yacyshyn despreza o ritmo e envolve-se na cínica transcendência que a bateria lhe proporciona. Convulsões desordenadas, polegares arroxeados de tanto bofetear, espernear. A tarola como mármore, a baqueta como circuito fechado de amperagem elevada. E houvesse mais momentos assim em “The Deal”.

Há poucos. A união formal entre Aaron Turner e o Yacyshyn desenrola-se sob alçada vigilante do primeiro. O entroncado brutamontes que nos fez uma espera em “The Ape Of God” está por aqui neste disco como sentinela nocturno, de punhos cerrados e côncavos maxilares. É a proximidade com Old Man Gloom que castra “The Deal”, para logo enfiá-lo no armário de todos os louvores que Turner já amealhou – ISIS, Mamiffer, o alter-ego House Of Low Culture, Lotus Eaters, Split Cranium, you name it.

Voltemos àquele intermezzo de “Hollow King”, àquela cartilagem abstraccionista onde o baterista de Baptists se escuta livre, navegando à bolina contra prescrições e regulamentos. Uma expressão fatal do what could have been que, vai-se a ver, e não foi, de um formigueiro não-verbal que agita, de um ímpeto reprimido que se alforria para logo cair aos pés de outro riff tão Old Man Gloomzinho, tão eu já ouvi isto, como um velho perdigueiro que repete o mesmo truque. SUMAC poderá ser, mas ainda não é – diferente.