Beja. Capital alentejana que definitivamente está na rota dos sons mais pesados com este Santa Maria Summer Fest, um festival muito acolhedor onde as tribos do underground se juntam para mais uma tertúlia de copos e música em altos decibéis.
O segundo dia do festival era claramente mais virado para as sonoridades punk/crust, mas, como tudo o que em em demasia enjoa, a organização optou e bem meter propostas de outros géneros lá pelo meio – num dia onde os Atentado foram os reis da festa e os Extreme Noise Terror mostraram que se calhar é melhor arrumar as botas. Mas já lá vamos.
Ao chegar ao recinto, estavam os Sangue-Xunga a animar apunkalhada toda com o seu punk ‘n’ roll carregado de d-beat. Os My Enchantment viram as sonoridades do avesso com o seu black sinfónicom que lá foi entusiasmando alguns curiosos. Os suecos Death By Armborst, apesar de um pouco deslocados do cartaz, com uma sonoridade mais rock n roll e injecções de punk, deram uma bela prestação e arrancaram as primeiras reacções dopit. O heavy metal dos Ravensire puxou pela garganta de alguns entusiastas na linha da frente, em contraste com uns All Emotions Day que, com o seu deathcore, ou lá como chamam estas sonoridades novas, não cativaram muito os presentes.
Vamos então para a segunda parte do dia – e a mais entusiasmante aqui para o foto punk. Começa com uns Trinta & Um a causar o primeiro tumulto em Beja, clássico atrás de clássico e a terminar com o sempre badalado “Linda-a-Velha Hardcore”: caos instalado. Os A Tree Of Signs foram uma lufada de ar fresco no meio daquela barulheira toda através do seu alchemy doom rock – a banda cada vez está mais coesa e os temas do EP “Saturn” ganham mais força ao vivo.
E houve um Atentado em Beja: após algumas mudanças de formação, e de muita rodagem, a banda está na batata. Chegaram e esmagaram com os temas do novo disco “Antagonist”, com a confusão a ficar armada. Completamente ao lado estiveram os Extreme Noise Terror – queremos dizer Dean Jones e companhia. O início até parecia entusiasmante, mas a prestação foi sempre a descer. Há casos em que era melhor pensar bem no que se anda a fazer e… Arrumar as botas.
A noite termina com um tributo aos Darkthrone: os Triumphant Gleam, personagens portuguesas bem experientes nestas andanças, tocaram o “Panzerfaust” na íntegra. Por esta altura, já estava a entrar na metamorfose da minha personagem Öutlaw Motherfucker, o que quer dizer que a não sou a melhor pessoa para relatar o que se passou.
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