A abertura da noite coube aos Infuse, quatro rapazes oriundos de Santarém com grande vontade de tocar o seu calmo e consistente post-rock, conseguindo, com sucesso, o aplauso e o agrado do púbico.

Já mais tarde chegou a vez de Psychic Ills pisarem o palco para apresentar o novo álbum, One Track Mind, lançado em Fevereiro, e presenteando-nos com temas como See you there, Might Take a While ou Tried to Find it. De fora não ficaram Mind Daze ouIncense Head, do álbum Hazed Dream, sendo que a banda norte-american teve, ainda, tempo de visitar trabalhos anteriores.

Em palco não são do tipo de banda que se mexa muito, concentrando-se no seu instrumento – com especial destaque para Elizabeth Hart, da qual era quase impossível desviar o olhar ao ver a forma como estava a “viajar entre dois mundos” – como que a viajar no seu próprio som, acompanhando a viagem também experienciada por todo o auditório com o seu rock experimental e psicadélico recheado de melodias calmas e intensas, que nos conduzem a uma forte introspeção com o agradável aroma a incenso que pairava no ar.

Foi impossivel não cambalear ao ritmo do som, fechando os olhos e sentindo quase na alma todos os riffs e batidas ao mesmo tempo que embalados pela suave e quase hipnótica voz de Tres Warren, criando um ambiente de transe a todos os presentes. Apesar de experienciarem também algumas dificuldades técnicas, não foi motivo de grande preocupação, pois não foi factor relevante para impedir a continuação do óptimo concerto com que brindaram os presentes.