A expressão ‘ai que biolência’ não arranja par melhor do que Barroselas – primeiro, pela pronúncia do norte; depois porque ninguém vai ao SWR para fazer discos pedidos de Mariah Carey e Laura Pausini – apesar de a coisa poder muito bem resultar a partir lá das quatro ou cinco da manhã. Vai-se ao Barroselas como quem atravessa seminu o IP4 ao quilómetro 81: corremos o risco de levar com um camião em cima (e são muitos, desde ConanJucifer ou Monolord), mas, se nos safarmos, temos uma história do caraças para contar aos amigos. Os Repressão Caótica, por exemplo, já ganharam e ainda nem entraram em campo. É daquelas vitórias que acontece logo por comparência. Crust/d-beat made-in Barcelos em Barroselas? Win-win, casamento mais saudável do que o do Johnny Cash com a June Carter e ao mesmo tempo mais violento do que o da Bárbara e do Carrilho. Eles tocam com EP novo às 17:50 de 22 de Abril, na SWR Arena, esse hangar dos bravos com entrada gratuita. Antes, a sua «esquizofrénica» playlist, com a qual aleijariam os presentes se ficassem a tomar conta da cabine de som:

Wolfbrigade – “Ride For A Fall”


Papaya – “II”


Inepsy – “Bombshell Rock”


Astroid Boys – “Wake Up”


Ghoul – “Splatterthrash”


Speedtrack – “Eu Sou Aquele”


Raimundos – “Tora Tora”


GG Allin – “Drink, Fight And Fuck”


Ratos de Porão – “Exército de Zumbis”


Purple Hill Witch – “Queen Of The Hill”


Cryptic Slaughter – “Money Talks”


Surf Sabbath – “Sabbath Bloddy Sabbath”


Oozing Wound – “Hippie Speedball”