O décimo terceiro Out.Fest regressa ao Barreiro (com uma pequena incursão ao lado errado do Tejo) entre os dias 6 e 9 de Outubro com a mesma receita que o transformou numa das grandes referências da música experimental a nível europeu.
Como é habitual o festival irá desdobrar-se por diversas salas do Barreiro, adaptando-se também à considerável variedade que atravessa o cartaz de 2016. Para não fugir a uma forma ganhadora, o arranque dá-se no dia 6, no Velvet Be Jazz/Escola de Jazz do Barreiro. O destaque natural vai para a colaboração entre Jamal Moss (que estará presente no dia 8 com Hieroglyphic Being), Orphy Robinson, Evan Parker (que repetirá presença no dia 7) e Yaw Tembé, todos reunidos sob o desígnio do free jazz. Antes disso, os percussionista francês Lê Quan Ninh e o pianista espanhol Agustí Fernandez arrancam o festival.
No dia 7, dá-se a mudança de cenário para o Auditório Municipal Augusto Cabrita (AMAC), onde a jovem Klein precede o trio formado por Evan Parker, Barry Guy e Paul Lytton num regresso ao free mais virtuoso e imprevisível.
A noite termina com Experimental Audio Research (E.A.R.), projecto de livre improvisação fundado e em redor de Peter Kember (Sonic Boom), dos afamados Spacemen 3. Desengane-se, no entanto, quem espera os devaneios mais ou menos rockeiros da defunta banda: E.A.R. faz jus ao nome e a única certeza é que será uma viagem vertiginosa com a necessidade permanente de mudança de pontos de vista a ser absolutamente vital para não entrar em perdição.
No sábado, dia 8, o formato happening volta à labiríntica ADAO (Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios), mesmo ao pé da estação fluvial do Barreiro. A intenção parece ser atarantar o público com uma oferta vastíssima, quer em número de projectos, quer em diversidade estilística. Da electrónica experimental (mas surpreendentemente dançável) de Hieroglyphic Being, ao psicadelismo espacial de Acid Mothers Temple, passando pela beleza peculiar de Tropa Macaca. Se já havia espaço para tudo, a última confirmação do evento deu mais um violento pontapé nas fronteiras com a confirmação de Irmler+Liebezeit, colaboração entre Hans-Joachim Irmler (de Faust) e Jaki Liebezeit (de Can). Tudo isto num espaço que parece ter sido construído propositadamente para qualquer último dia de Out.Fest.
O festival encerra já no Domingo com André Gonçalves a actuar no sempre acolhedor Convento da Madre de Deus da Verderena.
Todas as informações úteis relativas aos preços, localização e outras informações pertinentes, podem ser consultadas no site oficial do festival.