Começamos o segundo dia com necessidade de recarregar energias e o ambiental de MMMOOONNNOOO foi um bom carregador. Os ritmos foram aumentando com a temperatura, com a actuação do produtor argentino Chancha Via Circuito que, acompanhado por um percussionista, transpareceu o que tinha vestido – roupas frescas e com padrões tropicais. O público não ficou quieto, alternando entre mergulhos na piscina, aproveitando o dia mais quente desta edição do festival.
Chancha Via Circuito
No fim da tarde fomos ver que petiscos o Taina nos reservava –Éme estava como o caldo verde ali servido, bom como sempre, só lhe faltava um bocadinho de sal. Contudo nós queríamos era o prato do dia, os italianos Go!Zilla com o seu garage rock, que nos serviram um prato bem cru mas de óptima digestão.
Anthroprophh
Voltando ao recinto principal, deixamo-nos de fáceis digestões ou de ritmos tropicais, e entramos em peso com os Drunk In Hell, noise punk com um toque mais ácido dado pelo saxofone. Adicionamos uma voz rouca, berrante, que se enquadrou perfeitamente no instrumental, – o vocalista acabou por nos surpreender mais no final da noite, desta vez não com o seuscream.
Drunk In Hell
Michael Rother
Michael Rother aterrou no Palco Milhões de altar cheio (guitarra na mão e uma mesa cheia com o seu computador, modeladores e pedais de efeitos). Fez-se acompanhar de mais um guitarrista e do antigo baterista dos Neu!. A electrónica com beats fortes e repetitivos (não que isso seja mau) abriu caminho para uma viagem que facilmente foi fortalecida com as projecções presentes no concerto. Na primeira vez de Rother em Portugal, este dedicou o concerto ao antigo colega dos Harmonia – Dieter Moebius, que faleceu na segunda-feira dessa semana.
Hey Colossus
Depois da electrónica envolvente de Rother, entraram em cena no mesmo palco os Hey Colossus. O triângulo invertido presente neste palco, desta vez circunscrevia um dinossauro, que fazia prever o quão jurássico este concerto ia ser. Os movimentos frenéticos do vocalista puxaram pelo público – era tempo deheadbanging, moche, de levantar pó! Um verdadeiro colosso o thrash metal ali apresentado. As estridentes guitarradas entravam ouvido dentro e por lá permaneceram mesmo depois do hey final.
A fechar a noite no Vodafone FM, Tiago apresentou um set de techno/house que não surpreendeu, mas deu para ir batendo o pé até à chegada de Basic House, o projecto a solo de Bishop, o vocalista dos Drunk In Hell, que se fez acompanhar pelo saxofonista da sua banda. Se a sua voz arranhada já nos tinha conquistado, o seu trabalho nos sintetizadores/modeladores deixou-nos totalmente rendidos. Um live set bem apurado que pôs o público a mexer, apenas um se não para o saxofone que no início foi interessante, dando um toque mais experimental, mas rapidamente se tornou enfadonho. No final da performance o saxofone dava só um toque ambiental e Bishop arrasou nos beats