É claro que o hype sobre a Myrkur já anda a transbordar pelas capas de revista e pelos blogs seguidistas do costume, para quem é tudo lindo e maravilhoso, principalmente se a autora nos lembrar alguma personagem do “Vikings”. O lado bonito do black metal apareceu agora, ela não é a primeira mulher apaixonada pelo Quorthon, o disco não representa um futuro papalvo pseudo-mirifico onde o velho se cruza com o novo. Os Lychgate, com muito menos pretensiosismo e alarido, esses sim, acrescentam outro capítulo à secção avant-garde com uma majestosa construção que revisita velhos princípios de orquestração. Guitarras que têm papel secundário perante um órgão de tubos que nos empurra para uma igreja cinematográfica, cheia de esfíngicas alucinações e gárgulas esotéricas que pregam cagaços de morte quando o Greg Chandler de Esoteric abre aquela bocarra. É que nem me apetece escrever mais, é ouvir e perceber que a exploração no BM não nasceu em 2013.