Rodar o “Poisoned Altars” é um bocado como brincar ao spot the difference. Se eu meto os pés numa cervejaria e peço um bitoque com as batatas a dançar no óleo, não estou à espera que ele venha a saber a bacalhau com natas ou sashimi. E os Lord Dyingaparecem aqui neste 2015 de sludge estampado na testa, mas quando lhes metemos o dente a cena só sabe a thrash requentado no micro-ondas. De sludge, no “Poisoned Altars”, se calhar apenas o excesso de peso e as cordas vocais do Erik Olson, pois ambas me fazem pensar no Kirk Windstein, santo padroeiro nosCrowbar.

E o thrash a que me refiro nem sequer é o dos coletes Denim, mas mais aquele vítima de doença crónica, i.e., groove metal. Os ritmos são chatos, a produção do Joel Grind tratou as guitarras como se fossem as putas rascas que ele come depois dos concertos deToxic Holocaust. Mas por algum motivo este disco vai ser aplaudido e como a Relapse está metida no assunto vão tocar em todos os festivais de verão.