Putos, eu acho que temos de mudar aqui o procedimento do PA’. Há demasiados discos bons e pouco tempo para escrevê-los que se calhar vou seguir o conselho da SPIN e começar a fazer tweets em em vez de reviews. Ninguém lê de qualquer das formas, toda a gente prefere clicar em artigos como ’20 razões para fazer sexo matinal’, portanto já estamos em desvantagem à partida.
Porque é que eu estou a escrever isto aqui em vez de mandar um e-mail a quem manda no site? Porque quero tentar descrever os Fleshing World (membros de Limp Wrist, Needles) em poucas letrinhas. Primeiro referir que são editados pela Iron Lung, label da banda homónima (total respect), logo nem há espaço lhes questionar a valia. Se os Iron Lung gostam, então é bom. Acreditem. Depois, dizer que este “The Wild Animals In My Life” recorda-me que as ressacas de Xanax são violentíssimas. É que o álbum, todo ele, parece um bicharoco fotossensível numa gloomy morning pós-noitada de benzos.
Pensem num homem trintão com a t-shirt de My Blood Valentinedesbotada, conquistado pela solidão e pelas guitarras que choram. Post-punk numa relação platónica com o shoegaze, bem feito, bem feitíssimo, eu queria era ter uma banda assim e deixar crescer a franja. Levem-me com vocês Fleshing World, levem-me para São Francisco…