“São os Wrekmeister Harmonies, ouçam-nos com coragem e esperança.”, é assim que fecha o amontoado de palavras que a ZDB usa para descrever o concerto de 24 de Novembro. E custa 8€, ficam já despachados dessas informações. Depois dizer que faz sentido que os ouçamos com coragem e esperança, porque os Wrekmeister Harmonies que vêm a Lisboa são os fofinhos, com violinadas à GY!BE (ou violinadas dos GY!BE, porque é a Sophie Trudeau). Se fossem os outros, os que tocam em cemitérios, os que convidam Leviathan, gente de INDIAN ou Nachtmystium para darem aquela palavrinha de prostração, o melhor era ouvi-los com desânimo e angústia. Preferimos os últimos. Preferíamos que viesse essa cangalha do black metal, que tocassem nos Prazeres ou no Deutscher Verein de Campo de Ourique, mas não podemos ter tudo. Vêm os Wrekmeister Harmonies que fazem festinhas em vez de magoar a sério, e vêm com novo disco, pelo que parece.
Todos esses Wrekmeister Harmonies existem na cabeça de JR Robinson, homem que fez um dos poucos documentários interessantes desse antro de merda chamado VICE, e um esquizofrénico musical que se comporta como um encenador de pesadelos. Apostamos que vai haver entrevista no P3, mas nunca irá bater a nossa. Percebemos muito disto.