Uma sensação prevalecente de peso, um despudorado fascínio pelos graves (mais do que propriamente por um excesso de distorção) e um massacrar constante do ouvinte, quer seja num violento arrastar ou numa aceleração a evocar o battle emcaveman battle doom, cognome que continuam a justificar. As principais características dos Conan mantém-se portanto intactas.
Sem mostrar nada de particularmente novo e capaz de mudar a opinião de quem, por alguma razão, simplesmente não gosta do estilo, o trio pega no que já fizera em “Monnos” e “Horseback Battle Hammer” e dá-lhe o seguimento lógico dentro de uma postura mais conservadora: melhorando alguns pontos e, por enquanto, sem repetir a fórmula até à exaustão. Em jeito de ilustração veja-se o tema final de “Blood Eagle”, “Altar Of Grief”. Após começar numa toada mais drone, a fazer lembrar a algo inconsequente “Golden Axe” de “Monnos” (que seguramente deixou qualquer fã que se prese do jogo a achar um desperdício de título) torna-se, no alto dos seus nove minutos, num dos mais metódicos e brutos crescendos do álbum, colocando fim às hostilidades com um dos melhores riffs que a banda já escreveu.
Não que uma elevada consistência estética seja necessariamente desastroso (consta que os AC/DC e os Immortal se safaram com isso) e o facto de nunca parecerem tentar passar por algo que não são só joga a favor da longevidade da banda. Nesse sentido, enquanto continuarem a escrever bojardas como “Foehammer” não teremos grandes problemas em, de dois em dois anos, levar com doses destas de doom despretensiosamente bruto.