Sixhexadic, seis, sixhexadic, seis, sixhexadic, seis. O número da besta; os deuses originais no mitólogico Olimpo helénico; as seis dinastias chinesas; os seis tons de uma oitava; as cordas que uma guitarra convencional t… tem.

“Hexadic”, uma guitarra andrajosa perspirando entre trapos embebidos em NyQuil. Delapidação dadaísta da convencionalidade musical (haha), não ao ponto da inaudibilidade, mas como um catéter que perfura o meato até se ouvir um ai de desprazer!

Chasny, entre a tumescência pelos Earth quando vítimas de enurese e o carvão lisérgico que esborrata o palato do Suzuki Junzo.

Chasny, entre o folk eu-sou-tão-triste (Molina?) que mela corações bloguistas* e a solidão pálida que o faz parecer bisneto de D.H. Lawrence.

Chasny, entre a unidade psiquiátrica dos catatónicos e o cárcere definitivo por complexo de Nero.

Chasny, entre a frustração congénita instalada por cesariana e o côncavo sossego dos resignados.

Chasny, entre as bucólicas paisagens naturais onde a chuva chilreia por desprezo e o pavor urbano de um incêndio no vigésimo-sétimo esquerdo em frente; as causas permanecem desconhecidas, mas ao que o Ponto Alternativo apurou o único residente encontrava-se aos cuidados bidiários de uma assistente da Santa Casa da Misericórdia e tinha crónicas complicações relacionadas com a Síndrome de Sheehan.

Chasny, entre os rebuçados de mentol que se colam aos molares como estrume dentífrico e o alívio efémero de uma anestesia local; se doer levante a mão, não mexa a língua, enfermeira?, não coma sólidos até amanhã, tem Brufen em casa?, se doer levante a mão. Não. Se doer corte a mão. **

* Este disco vale 7.8 na escala de Richter adaptada a Pitchfork, publicação online vocacionada para conteúdos musicais cuja relevância se perpetua na palha socio-cultural de Tocqueville. Empirismo crítico na era digital.

** Delírio pós-anestésico.