Um tribalismo carbonicamente anti-citadino que se espalha como tinta fresca pelo Porto. Entre arfos psicadélicos e baloiços krautrock, os 10 000 Russos são um gigantone de pescoço maleável com fragmentos electrónicos e analepses nocturnas. Há um pós-industrialismo acabrunhado no “Barreiro” e uma Londres com a St. Pancras entupida de lama em “Stakhanovets/Kalumet”. Ao fundo, o holograma dos Joy Division à espera de boleia, o Mark E. Smith com uma garrafa de bagaço para curar a ressaca e uma caixa de charutos abandonada pela Michèle Bernstein. Traz um recado como recomendação. Este disco lançado em vinil este mês pela conceituada Fuzz Club Records.